quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Americanices

A 15 dias das eleições presidenciais norte-americanas, uma nova gafe do Partido Republicano sobre o aborto está a marcar a campanha. O candidato ao Senado por Indianopolis, Richard Mourdock, disse que se de uma violação ou de um incesto resulta uma gravidez é porque "é algo que Deus quer que aconteça". "Dei muitas voltas e conclui que a vida é um dom de Deus. Acredito mesmo que quando a vida começa numa situação horrível como uma violação é algo que Deus quis que sucedesse", disse candidato ao Senado por Indianopolis, Richard Mourdock, durante um debate no Senado. Durante a sessão, o candidato ao Senado defendeu que a vida começa com a conceção e mostrou-se totalmente contrário ao aborto, com exceção das situações em que a vida da mãe estiver em perigo. Em poucos minutos, surgiram reações das duas candidaturas. Mitt Romney, líder republicano, apressou-se a demarcar-se das afirmações de Richard Mourdock. O presidente do Partido Democrático de Indiana, Dan Parker, emitiu um comunicado no qual diz que, como católico, sente-se envergonhado pela crença de Mourdock de que a violação possa ser algo que Deus quer que aconteça. "As vítimas de violação são vítimas de ato extremamente violento e o meu Deus não é um Deus violento. Precisamos de mais provas de que Richard Mourdock é um extremista", escreve, ainda, Dan Parker, no comunicado. A porta-voz da campanha de Mitt Romney assegurou já que "o Governador não está de acordo com os comentários de Richard Mourdock, que não refletem os seus pontos de vista". Em agosto, uma outra declaração de um candidato republicano ao Senado, Todd Akin, causou polémica ao dizer que as mulheres vítimas de "violações legítimas" não engravidam.

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